Ricardo Coutinho ficou com 942.121 votos e Maranhão com 933.754 votos
Mesmo contrariando as pesquisas, a decisão sobre o próximo governador da Paraíba ficou para o segundo turno. Todos os institutos apontavam a vitória do candidato à reeleição, José Maranhão (PMDB), já no primeiro turno, mas a realidade nas urnas foi totalmente diferente. O socialista Ricardo Coutinho acabou vencendo com uma pequena diferença.
Ricardo Coutinho ficou com 942.121 votos, o que equivale a 49,74% do total. Já José Maranhão ficou em segundo lugar com 933.754 votos o que corresponde a 49,30% dos votos válidos.
Ricardo Coutinho deixou a Prefeitura de João Pessoa para se candidatar ao posto de governador. O socialista havia sido reeleito prefeito com 73,85% dos votos. A sua gestão foi marcada por obras estruturantes, mas também por várias críticas na área de saúde. Coutinho era aliado de Maranhão, mas acabou rompendo com o peemedebista, uma vez, que tinha interesse de ser candidato.
Durante a campanha, Coutinho perdeu vários aliados, que deram como justificativa para o rompimento a falta de trato político e a arrogância do socialista. O ex-prefeito se aliou a grande adversários do passado como o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) e o senador Efraim Morais (DEM). O vice de Ricardo é o deputado federal, Rômulo Gouveia (PSDB).
A campanha do socialista teve como marca principal a realização da Caravana da Verdade. Em um ônibus todo adesivado os integrantes da coligação percorreram vários municípios paraibanos.
O candidato peemedebista tem como vice o deputado estadual, Rodrigo Soares (PT), que só ficou com o cargo após ameaça de rompimento do Partido dos Trabalhadores. Antes do petista, Maranhão tinha convidado para o posto o prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), e depois o seu irmão o deputado federal, Vitalzinho (PMDB). Os dois recusaram ao convite.
O peemedebista já possui 10 anos de governo. Ele chegou ao Executivo Estadual em 2009 após a cassação de Cássio Cunha Lima (PSDB). Na reta final da campanha o peemedebista se licenciou do cargo para ficar mais livre. Maranhão decidiu por não participar dos debates com os demais candidatos e disse que não iria as atividades porque não tinha interesse no debate.
Ele foi vítima de várias críticas por parte dos seus opositores, principalmente, pela nomeação excessiva de comissionados. Para se ter idéia o Governo compromete 54,98% da sua receita corrente líquida para despesas com pessoal, quando a Lei de Responsabilidade Fiscal Estabelece um limite de 49% da receita. Maranhão foi alvo durante a campanha de ações na Justiça Eleitoral acusando-o de abuso de poder político e econômico.
Beth Torres
PolíticaPB
Nenhum comentário:
Postar um comentário